Meus olhos ouviram dizer num papel que se perdeu,
que aquela maldade que resolveu se instalar nela cresceu do
medo da mágoa.
Confuso eu me perguntei se não teria sido a mágoa do medo.
Também ouvi ler que traições a gente escolhe e fiz dissoar
barulhos sutis.
A coisa é: a gente processa o sabido para tentar explicar o
que, no peito, dói.
Mas, por mais que se busque uma luz de explicação
nas mentes brilhantes, menos a gente entende a velocidade do ataque.
Mais, a dor que veio sem mais e não pediu licença, avança a
trincheira.
Eu agora vou a seu encontro, esperando ser carregado no colo
por quem precisa de amor.
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